terça-feira, 30 de agosto de 2011

Professores paulistas se mobilizam para assembleia estadual dia 2 de setembr


A nova diretoria da APEOESP e os novos conselheiros estaduais, empossados no dia 2 de julho, realizaram na sexta-feira, 19, a primeira reunião ordinária do Conselho Estadual de Representantes (CER), reunindo cerca de 700 professores na Associação Okinawa Kenjin do Brasil, na Liberdade. Na pauta, os principais assuntos foram a campanha salarial e a aprovação de um novo calendário de mobilização preparatóriopara a assembleia estadual que acontecerá no dia 2 de setembro, a partir das 14 horas, na Praça da República.

Para a presidenta da APEOESP, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel, a assembleia do próximo dia 2 de setembro servirá para mostrar ao governo o descontentamento dos professores com os “parcelamentos” do reajuste em quatro anos e das férias (quinze dias em julho e quinze dias em janeiro). “Nossa reivindicação é um reajuste de 36,74% já”, comentou Bebel. Ainda de acordo com Bebel, a APEOESP está fazendo uma enquete em sua página na Internet – www.apeoesp.org.br – sobre o parcelamento das férias. “Os resultados parciais mostram que 80% dos professores são contra parcelar as férias”.

Durante a reunião do novo CER, os professores aprovaram a ampliação da campanha contra a violência e o assédio escolar (bulliyng) e o assédio moral. De acordo com depoimentos de professores, uma centena deles estão sofrendo perseguição nas escolas com a abertura de processos administrativos, na maioria deles imotivados.

Os conselheiros referendaram ainda a pauta de reivindicações: aplicação imediata da jornada da lei do piso: 1/3 para atividades extraclasse; por uma carreira que atenda às necessidades da categoria; atribuição de aulas justa e transparente; integralidade das férias: revogação da Resolução 44, já!; reposição imediata de 36,74% e incorporação das gratificações; reposição salarial anual; respeito à data-base; revogação das leis 1093 (provinha) e 1041 (limite nas licenças de saúde); concurso público classificatório e estabilidade para todos os temporários.

Plano Nacional e Estadual de Educação

O CER aprovou ainda, tanto na elaboração do Plano Nacional quanto do Plano Estadual da Educação, as seguintes propostas: 10% do PIB já, mais 50% dos recursos do pré-sal para a Educação; valorização dos professores, gestão democrática nas escolas e as questões garantidas pelos artigos 205 e 214 da Constituição Federal, que garantem, entre outras questões, direito à educação para todos, erradicação do analfabetismo, melhoria na qualidade do ensino e estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto.